terça-feira, 27 de outubro de 2009


Se não tentasse, dizer-me ião para tentar.
Se lutasse, dizer-me-ião que não iria conseguir.
Por mais que eu queira, é dificil determinar
porque eu não paro de me iludir.
Então a dificuldade surge, e como não pudesse mudar
já tenho um caminho traçado a cumprir.
Entretanto a dificuldade multiplica-se e eu não a consigo controlar.
Com o descontrolo, a insegurança
que o meu ser acaba por construir
é a mesma insegurança, que avança, que me cansa
e que me leva a pensar em desistir
de tudo, da vida, do meu país, dos meus amigos.
Enquanto pensarmos que as pessoas são pára-abrigos
em que contamos, falamos e esperamos momentos sentidos
seremos apenas pessoas sem objectivos.


depois da saida


Hoje, saí do mosteiro
rumo ao desconhecido.
A um mundo inteiro
que eu tinha esquecido.
Ao dinheiro
que tinha desaparecido.
E o que vem primeiro,
quando eu não tenho vivido,
tenho apenas seguido
hábitos e costumes.
Onde tudo parece reflectido,
aonde tudo parece defenido,
existe traições e ciumes.
Assumem-se como actos consentidos.
Não explicaveis. Mas estes são escondidos.
Entre um, entre os 2.
Quem se diz entendido? E depois?


Entender é uma coisa, viver é outra.


Sequenciando o nosso quotidiano,
num mundo cada vez mais individualista
e menos humano.
Uma convivência teatralista
esconde a verdade por debaixo de um pano.
De uma realidade falsa
de uma fundamentação que realça
a importância do ser, como individual.
Podem-me dizer que a culpa é da sociedade,
do trabalho, da precaridade ou até da própria escolaridade.
O desenvolvimento, a vida, a própria sobrevivência.
e a nossa capacidade
remetenos para uma dependência
da nossa individualidade.

E os sentimentos vivem sobe carência
de uma necessecidade
carnal, sexual e até mesmo afectiva.
O pior é que a necessidade pode levar-nos
a uma vida auto destrutiva.

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