terça-feira, 4 de agosto de 2009

atenção


Reminiscência

Quero-me lembrar,
que existo.
Dizer-te como ainda te consigo amar
e que apesar de não ser visto.
És tu que me fazes aprender a aceitar.

Longe vão os tempos em que me lembrava de tudo.
De mim, de ti e sinceramente dos contrastes do mundo.
Esta reminiscência é algo tão profundo,
que esqueço que tenho memória e cada segundo
que passou é como se não tivesse passado.
Como histórias da antiguidade,
as histórias de ambiguidade,
de um romance estranhamente estruturado.

A cabeça anda perdida
e por agora a amnésia faz parte da minha vida.
Ou eu quero que faça, porque perdida
eu posso ignorar qualquer sensibilidade sentida.
E aí a verdade facilmente é omitida.

Dou um passo na rua.
Choco com uma pessoa na rua.
Pergunto a uma pessoa da rua.
- Aonde a minha vida continua?

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