quinta-feira, 14 de maio de 2009

almas de sangue (Quem se interessa?)


Arrastando-se pela rua, pelo beco, pela travessa.
Uma alma ensanguentada, quem se interessa?
É duro. É desagradável. É contagioso?
Uma alma. É uma alma. Parece vertiginoso
ver as coisas de uma forma crua e violenta.
Esta alma está em sangue, mas não se lamenta.

Uma vagabunda que arrasta consigo a fome,
a pobreza e o vicio que a consome.
Não sabe aonde vive, como vive.
À quem critique. À quem goze. Haja quem sobrevive.
Mas quem se preocupa? Quem se interessa?
Nestas almas de sangue que vivem num canto da travessa.

O país está em crise, como nunca vista.
Esta é a realidade politico – jornalista.
Quem acredita? Quem se esforça para que as coisas mudem?
Almas em sangue, que apenas se iludem?
Ou o precisemos que nos ajudem?
Quando nem a nossa politica valorizamos.
Abstemo-nos. Não preponderamos. E muitas das vezes mal votamos.
Também quem irá votar em pessoas que nos condicionam a liberdade,
que exterminam a nossa privacidade, quando não se interessam pela sociedade
quando estão envolvidos em crimes cheios de falsidade
depois prometem e discutem coisas como a hipocrisia da igualdade.

Se tivéssemos uma balança, não para balançar.
Mas uma balança que pudesse medir e pesar
o valor das pessoas pelas suas atitudes.
Haveria almas em sangue? Haveriam pessoas rudes?

Enquanto te tentei questionar, descobre estas almas. Na tua rua, na tua avenida, no teu beco, na tua cidade, no teu pais, na tua aldeia.

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