domingo, 24 de fevereiro de 2008

coloco-me


Coloco-me
Alguns parecem que não sabem falar,
outros que não sabem do que falar.
Aonde iremos chegar? Com toda esta cultura que se tenta preservar.
Em torno do futebol, dos caprichos sociais,
aonde existe o conhecimento, as raízes culturais?,
por incrível que pareça, mantemo-nos iguais.
Consumidores das mesmas coisas, que os nossos pais.
Uma questão de comodidade, uma questão de sermos consensuais.
Não sei, estou colocado entre pessoas que ainda sonham com poderes mentais.
Sou colocado, numa sociedade, capitalista.
Que tem como sinónimo a desigualdade e a capacidade de ser egoísta.
Pensam que eu faço com a cultura, a arte malabarista.
Quando escrevo por amor, com a ideia de ser apenas um artista.
As opiniões diferem por cada ponto de vista,
coloco-me, mas apenas sou criticado por não andar de crista.
Pessoas que olham a bens, em vez de princípios,
e o mundo continua a exigir grandes vícios.
Calcula-se tudo, com estudos e indícios.
Coloco-me á tua beira, longe dos precipícios.

O que posso fazer?
Por mais que tente,
a luta, a forma como enfrente
certas e determinadas situações.
O que posso fazer, quando não sei aguentar as emoções.
Porque a vida é feita de porquês,
de decisões e coisas que mal vês.
O que posso fazer?
Quando ainda existe, gente que não sabe ler.
Gostava de combater a fome, a solidão.
Que nos prende, que nos faz sentir numa prisão.
A ignorância tende em aumentar,
o que posso fazer, perante uma sociedade que não se sabe comportar.
Que continua com chatices, significa, que não se sabe respeitar.
O que poderei fazer? Quando só querem acabar
com tudo o que já foi feito. Como querem criar
razões, momentos, argumentos, para continuar
a luta, que nunca mais irá terminar.

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